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Alerta e conscientização para "prevenção do suicídio" marca noite desta quinta (28) na OAB-ES
Alerta e conscientização para

A conscientização sobre a prevenção do suicídio e o alerta para esse assunto de extrema importância foram o centro da discussão na noite desta quinta-feira (28) na OAB-ES, com a palestra da psicóloga clínica Maria do Socorro Lira Marques, que fez parte da campanha Setembro Amarelo.

Na abertura do evento, o secretário-geral da Ordem, Ricardo Brum, enalteceu o trabalho feito pela Comissão de Direitos Humanos que organizou a palestra. “A Comissão atua efetivamente, sem holofotes, avançando nos valores da OAB-ES. Atravessamos um momento difícil e queremos construir um futuro mais limpo, pois os valores que a Ordem sempre defendeu estão acima de qualquer coisa, que muitas vezes transcende o campo da ideia. A cada dia ouvimos uma história de pessoa que se suicidou. Acho que a pressão vivida nos tempos de hoje em que não temos finais de semana de descanso, dia, nem hora, contribui para grandes problemas. Precisamos estar atentos”, enfatizou o secretário-geral.

A secretária-geral adjunta, Érica Neves, que também fez questão de participar da exposição, salientou “que é de uma irresignação de como não conseguimos identificar o mal que pode levar uma pessoa a cometer suicídio. As famílias precisam identificar que o parente pode estar apresentando sintomas de ser um suicida e agir e trabalhar antes que aconteça. A falta de conhecimento da população acaba tornando impossível a identificação de uma solução. ”



Várias questões como essas colocadas pelos diretores da Ordem em suas falas foram esclarecidas pela palestrante ao longo de sua exposição. “Esse é um tema delicado para todos, inclusive para profissionais de saúde mental. Tirar a própria vida traz consigo questões de natureza filosófica, existencial, religiosa, ética, que remete ao próprio direito à vida. A Organização Mundial de Saúde considera o suicídio e as tentativas sérios problemas de saúde pública, devido ao fato de exigirem muitas atenção médica e recursos de saúde”, explicou a psicóloga Maria do Socorro.


Para a vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos, Flávia Murad, todos têm que ter um olhar mais humanizado para o assunto. "Um olhar de alteridade e não de austeridade. Palavras bem próximas na escrita, mas bem distintas nos seus significados. A austeridade não dialoga com os Direitos Humanos. Temos que exercer a alteridade”, frisou a advogada.

A Comissão propôs o tema para trazer o foco da discussão a um grande problema que muitas vezes é silencioso. “Lidamos com centenas de pessoas no dia a dia e não sabemos se uma palavra ou orientação pode ser o que precisa para fazer a diferença em não tomar uma atitude suicida. Por mais difícil e delicado que seja o assunto é preciso falar e debater questões práticas de prevenção. ”